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quarta-feira, 2 de junho de 2010

É ou não é uma quadrilha???

Fonte: Jornal Vale do Aço - 02/06/2010

Confusão em comitê da Cecília
Ativista pegou computadores pois não recebeu pagamento

Paulo Sérgio de Oliveira

VICENTE COSTA deverá ser ouvido
nos próximos dias pela Polícia Civil

IPATINGA – Vicente Costa, presidente da coligação ‘A Força do Povo’, deverá ser ouvido nos próximos dias pela Polícia Civil para se manifestar sobre o seu suposto envolvimento numa tentativa de armação contra o prefeito eleito, Robson Gomes da Silva (PPS). Ele é citado como um dos responsáveis pela falsa acusação contra Robson Gomes, após o sumiço de equipamentos de informática, nesta segunda-feira (31), num dos comitês da candidata derrotada, Cecília Ferramenta (PT).

Um dia após a eleição, a Polícia Militar foi acionada para atender a denúncia sobre o sumiço de equipamentos no comitê da candidata derrotada, Cecília Ferramenta. Os produtos foram localizados com o professor Melchisedeck Willy de Souza Silva, 29, que trabalhou na campanha para Cecília. Ele declarou na delegacia que resolveu apropriar-se dos equipamentos como garantia para receber pelos serviços prestados à candidata. Mas, após ser orientado por uma pessoa do PT, que seria Vicente Costa, decidiu contar uma falsa história, participando de uma tentativa de articulação contra o candidato vencedor da eleição, Robson Gomes.

Depoimento
Melchisedeck foi ouvido pelo delegado Alcides Moisés da Fonseca Prezotti, nesta segunda-feira (1º), na 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil (1ª DRPC) de Ipatinga. Em seu depoimento, ele confessou que foi ao comitê de Cecília, no Bairro Cidade Nobre, e pegou duas impressoras, quatro monitores, quatro teclados e dois mouses e colocou em seu veículo. Para sair com os equipamentos, informou ao vigilante que os levaria para outro comitê da candidata do PT, localizado no Centro da cidade. O álibi deu certo e Melchisedeck levou os objetos para sua casa. Porém, acabou descoberto e preso.

Melchisedeck admitiu que pegou os equipamentos como garantia, pois Cecília lhe devia R$ 2,8 mil referente aos trabalhos prestados por ele durante a campanha. À Polícia Militar, o professor havia contado a falsa versão de que receberia R$ 5 mil e dois cargos na Prefeitura para pegar os equipamentos. Mas, na realidade, teria se sentido pressionado pelo PT, pois “um senhor de cabeça branca, chamado Vicente Costa” (presidente da Coligação ‘A Força do Povo’) estava em sua residência e tenha lhe dito: “Isso é coisa do Robson”.

Uma pessoa, de nome Altino Reginato, disse que não precisaria se preocupar, pois o PT já estava contratando um advogado para entrar com habeas-corpus preventivo. Melchisedeck alega que interpretou como um sinal para inventar a versão de que um apoiador do prefeito eleito, Robson Gomes, havia oferecido dinheiro e dois cargos na Prefeitura para que subtraísse os equipamentos.  Ao final do seu depoimento, Melchisedeck afirma ainda que ninguém lhe ofereceu cargos na Prefeitura e R$ 5 mil, como chegou a dizer inicialmente à PM.

O prefeito eleito, Robson Gomes, que se prepara para tomar posse até o dia 18, limitou-se a dizer que a cada calúnia ou acusação tomará as medidas judiciais cabíveis.

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