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terça-feira, 5 de outubro de 2010

E então Marineiros? Leiam o post e veja o que o PT pensa de vocẽs.

Matéria do PTralha Paulo Henrique Amorim publicada no seu Blog Conversa Afiada

"Apoio de Marina não tem a menor
importância. Eleitor dela vai para onde quiser"

Publicado em 04/10/2010


Na foto, o PV brasileiro: gosta de rico


O PiG (*) parece determinado a conseguir o apoio da Bláblárina ao Serra.

A Lúcia Hippolito, que apoiou a Marina – clique aqui para ler por que a Globo trocou de candidato – poderia ajudar muito.

Acontece que o apoio formal da Marina ou do PV não tem a menor importância.

Muito menos o do Gabeira (**).

A Bláblárina foi o instrumento que eleitores encontraram para expor sua perplexidade diante da suposição de que a Dilma fosse contra Deus, a religião e a favor do aborto.

A Marina foi o poste (verde, é claro).

Ou seringueira, se o amigo navegante preferir.

A Marina não transfere meia dúzia de votos.

Nem no Acre, onde perdeu.

(Será que a Marina não se lançou candidata a Presidente porque sabia que seria derrotada para o Senado no Acre ?

E jogou-se no precipício de um degrau mais alto ?)

O PV é um partido do tipo “barriga de aluguel” pelo país afora.

Une-se ao “primeiro” que aparecer, com entusiasmo febril se o “primeiro” que aparecer surgir do lado direito do espectro político.

Especialmente se esse “primeiro” dispuser de recursos fartos para financiar os elevados custos de diversos tipos de campanhas.

O PV brasileiro é uma espécie singular da Amazônia, raramente encontradiça na Civilização Ocidental: o PV brasileiro gosta dos conservadores.

É uma orchidaceae do gênero Cattleya – cara, aristocrática, chic.

Os eleitores da Marina entendem tanto de efeito estufa quanto de física quântica.

Preocupam-se tanto com a emissão de gás carbônico quanto com a flatulência.

O voto da Bláblárina tem vôo próprio.

Não tem cabresto.

Depende mais de uma autoridade eclesiástica do que de uma liderança política.

É um eleitor fora da moldura política ou dos partidos.

É apolítico.

A “questão religiosa” – clique aqui para ler – desabou na política brasileira de forma imprevista e imperceptível.

Não coube dentro do PT, nem do PSDB.

Os 19% da Dilma nasceram da rápida propagação da informação ou desinformação que corre, boca-a-boca, nas comunidades religiosas, por fora do PiG (*), da Rede Globo, das meninas do Jô e dos meninos do Jô.

A Marina Silva tem tanto controle sobre o rumo desse voto quanto sobre o leme do jatinho de US$ 50 milhões de dólares que a conduz pelos céus do Brasil – e seus sonhos.


Paulo Henrique Amorim



(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Gabeira, Jarbas Vasconcelos e Luiz Paulo Velloso Lucas são os três candidatos que saíram do peito do José Serra – e se deram monumentalmente mal. A eleição do Aloysio Nunes Ferreira deve muito mais ao Quércia e ao FHC do que ao Serra.

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