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sábado, 21 de janeiro de 2012

O CULTO VERDADEIRO



Gosto muito daquele caso que um ministro americano, o já falecido Dr. Rufus M. Jones, costumava contar. Ele acreditava na importância do intelecto na pregação. Porém um membro de sua congregação fez objeção a essa ênfase e escreveu-lhe queixando-se: “Quando vou à igreja”, disse em sua crítica, “sinto-me como se tivesse desenrolando a minha cabeça e a colocando por sob o assento , pois numa reunião religiosa não tenho necessidade alguma de usar o que se acha acima do meu colarinho!

“Prestar culto dessa forma, sem fazer uso da mente, certamente é o que se fazia na cidade pagã de Atenas, onde Paulo encontrou um altar dedicado “ao deusdesconhecido”. Mas essa forma de culto não serve para os cristãos. O apóstolo não se sentira satisfeito em deixar os atenienses em sua ignorância. Prosseguiu proclamando-lhes a natureza e as obras do Deus que cultuavam na ignorância. Pois sabia que somente o culto inteligente é aceitável por Deus, o culto verdadeiro, o culto prestado por aqueles que conhecem a quem adoram, e que o amam “de todo o entendimento”.

Os salmos eram o grande hinário da igreja do Velho Testamento, e hoje em dia ainda são cantados nos ultos cristãos. Neles temos, pois, um meio de sabermos como deve ser o culto verdadeiro. A definição básica de culto nos Salmos é “louvar o nome do Senhor”, ou “tributar ao Senhor a glória devida ao eu nome”. E ao inquirirmos o que significa o seu “nome”, verificaremos que é a soma total de tudo o que ele é e fez.

Em particular, ele é cultuado nos Salmos tanto como o Criador do mundo como o Redentor de Israel, e os salmistas se comprazem em adorá-lo dando uma lista enorme das obras de Deus, relativas à criação e à redenção.

Todo culto cristão, seja ele público ou pessoal, deve ser uma resposta inteligente à auto-revelação de Deus, por suas palavras, e suas obras registradas nas Escrituras.


Extraido de “Crer é também pensar”,
John R. W. Stott.

Publicado no Boletim da Igreja Presbiteriana de Bom Jardim de 22/01/2012

Anônimo ou Famoso Qual é a sua escolha?


Quando observamos as grandes catedrais na maioria dos países da Europa, ficamos vislumbrados com as pinturas maravilhosas feitas a mão. Não é só a beleza que nos impressiona, mas também a dificuldade de se pintar em lugares com grandes obstáculos, devido a altura e a posição que o corpo deve ficar por horas. Além disso, encontramos pinturas em lugares pouco visíveis, o que nos faz pensar sobre a motivação do autor de fazer uma obra de arte em locais pouco visível.

Por que gastar tanto tempo nisso, se poucos vão ver? O que nos impressiona mais ainda é descobrir que a maioria dessas pinturas está assinada por “autor anônimo”. Como? Depois de tanto trabalho, o nome desse herói não aparece? Isso é mesmo incrível, mas é verdade. Pelo fato de gostarmos muito da fama, isso nos surpreende muito.

Isso tudo me faz refletir de que, no Reino de Deus deveríamos ser iguais a esses pintores das grandes catedrais. Fazer tudo com zelo, amor, carinho, dando sempre o melhor para nosso Mestre e nofinal escrever “autor anônimo”, a Ele seja toda a glória.

André, discípulo de Jesus, aparece como um quase anônimo na história. Poucos relatos sobre ele nas Escrituras, para ser exato ele aparece apenas 6 vezes na Bíblia. No entanto, ele se encaixa como esses grandes anônimos das catedrais.

André foi um discípulo evangelista, que sempre apresentava pessoas a Jesus. O primeiro que apresentou foi o seu próprio irmão Pedro, que se tornou o discípulo mais “famoso”.

No entanto, André nunca reclamou de ser menos conhecido do que seu irmão, apesar dele ter levado seu irmão ao conhecimento da verdade.

André ainda aparece levando outros a Jesus, inclusive gentios que eram considerados estrangeiros. Ele não fazia diferença.

Quando todos os outros discípulos estavam preocupados em como alimentar aquela multidão faminta, foi o discípulo André que encontrou aquele jovem com 5 pãezinhos e 2 peixinhos. André não apenas encontrou aquele jovem, como creu que aquela pequena refeição poderia multiplicar nas mãos do Mestre (João 6: 1-15).

Precisamos de mais Andrés nos nossos dias. Precisamos de mais anônimos no Reino. Qual é a sua escolha?


OSNI FERREIRA & Cláudia (Tiago & Débora)
“Coragem para ser diferente, compromisso para fazer diferença”

Publicado no Boletim da Igreja Presbiteriana de Bom Jardim em 15/01/2012

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

BEREIANO: Voce é "Gospel" ou Cristão?

BEREIANO: Voce é "Gospel" ou Cristão?: Por Thiago Ibrahim Você sabe a diferença entre ser gospel e ser cristão? A expressão gospel (que em inglês significa evangelho) está n...

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A igreja dos bodes do movimento hedonista

 

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Por Silas Figueira

Estamos vivenciando nos dias atuais uma onda de igrejas e movimentos que surgem, não se sabe de onde, com doutrinas das mais absurdas, e o que tem de seguidores é algo fora do normal. Igrejas que pregam prosperidade a qualquer custo. Igrejas envolvidas com G12. Igrejas do cai-cai. Igrejas que buscam unção disso unção daquilo. Igrejas judaizantes que tem arca e costuram o véu que Jesus já rasgou. Igrejas que só pregam milagres e mais milagres. Líderes com títulos dos mais diversos; apóstolo, paipóstolo, bispo, arcebispo, reverendo, eu ainda não vi vice-deus, mas daqui a pouco aparece, é só esperar. Como disse Charles H. Spurgeon: “Nós somos assaltados por todo tipo de doutrinas novas. A velha fé é atacada por assim-chamados “reformadores” que adorariam reformá-la completamente. Eu espero ouvir notícias de alguma doutrina nova uma vez por semana. Tão freqüentemente como a lua muda, um ou outro profeta é movido a propor alguma nova teoria, e acreditem, ele lutará mais bravamente por sua novidade do que jamais fez pelo Evangelho. O descobridor se acha um Lutero moderno, e da sua doutrina ele pensa como Davi pensou da espada de Golias: “Não há outra semelhante.”

Isso foi dito no séc. 19, de lá para cá nada mudou, pelo contrário, só vemos surgir novas igrejas com novas doutrinas, com seus líderes dizendo serem os donos da verdade.

Quero deixar bem claro que não creio que todas as igrejas sejam corruptas e que os cristãos devam viver enfurnados em suas casas. Acredito que devemos nos reunir regularmente com os outros cristãos, participando de um uma igreja fundamentada na Bíblia e que reverencie a Deus. O fato é que as igrejas fundamentadas na Bíblia e onde há reverência ao nome de Deus estão se tornando cada vez mais raras nestes últimos dias. Conseqüentemente, está ficando cada vez mais difícil para uma família encontrar uma igreja que reverencie a Deus, onde todos possam amadurecer e crescer em Cristo.

Diante desse quadro atual eu denominei essas igrejas que estão na contramão da Palavra de: “Igreja dos Bodes do Movimento Hedonista”.

Por que Igreja dos Bodes?

Porque é uma igreja onde não tem ovelhas. O que vemos nessas igrejas são bodes dando marradas, pois não se sujeitam a doutrina bíblica. Pessoas pensando que podem dar ordem a Deus e que Ele é seu escravo particular. Pessoas mais preocupadas em aparecer do que ser. Pessoas que seguem cegamente seu líder, mas não segue a Jesus nem seus ensinamentos.

Qual a diferença entre ovelhas e bodes? As ovelhas são dóceis, mansas, humildes e obedientes, já os bodes são rudes, agressivos, gostam de dar cabeçadas naqueles que a cuidam. É bom lembrar que os bodes não são ateus que repudiam a existência do Deus eterno. Pelo contrário, são aqueles que, tendo “uma forma de piedade, negam, entretanto, o poder dela”, são pessoas que estão sempre aprendendo e “nunca são capazes de chegar ao conhecimento da verdade” (2 Tm 3.5-7).

Uma coisa que podemos afirmar é que muitos seguidores dessas igrejas ou movimentos não são salvas. Elas participam da igreja apenas para ouvirem palavras agradáveis, por razões sociais, ou para fazer contatos nos negócios. Esse tipo de pessoa merece um lobo transigente como pastor.

Mas existe algum culpado por essas pessoas agirem assim? Sim. São os seus líderes que na verdade não passam de mercenários. Como disse Jesus: “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas, por dentro são lobos roubadores” (Mt 7.15). Não são pastores no sentido da Palavra, são líderes que só se preocupam com o seu umbigo. Como disse Judas em sua carta: “…pastores que a si mesmos se apascentam; nuvens sem água impelidas pelo vento; árvores em plena estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas, desarraigadas… (Jd 12).

Esses falsos líderes que tem vários títulos são na verdade, o que podemos chamar dePastores Réprobos. É a pior variedade possível; esses homens estão na parte inferior do amontoado de estrume (desculpe a colocação). Entregam-se ao mal e à falsa doutrina. Envolvem-se em relacionamentos com as mulheres da igreja (muitos trocam de esposas como se troca de camisa), e ensinam ou pregam falsas doutrinas. Os pastores réprobos também rejeitam a sã doutrina. Muitos não crêem na doutrina da Trindade, na salvação pela fé e sem a necessidade de obras, na inspiração das Escrituras, no nascimento virginal de Jesus Cristo, e em outros fundamentos da fé cristã. Também não vêem nada de errado com o homossexualismo e alguns na verdade até oficiam casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Esses pastores dão muita importância aos direitos humanos e às coisas mundanas, mas são muito levianos com a Bíblia.

E por que Movimento Hedonista?

Porque é o tipo de igreja do movimento, da moda, da atualidade. A “Igreja do Gosto do Freguês”. Onde o que vale é o que da certo e não o que é certo. O importante é o movimento. É igual aquela história de um homem que tinha um pequeno comércio, e para atrair os fregueses ele resolveu inovar. Ele comprava frango a um preço e o revendia mais barato. Um dia ele foi questionado e lhe falaram que ele estava levando prejuízo, no entanto ele respondeu: “E o movimento? Vocês já perceberam como cresceu o movimento?” Há líderes assim, que preferem o prejuízo espiritual “dos seus fregueses” em favor do movimento.

E o que é Hedonismo?

É a tendência a buscar o prazer imediato, individual, como única e possível forma de vida moral, evitando tudo o que possa ser desagradável. Hedonismo vem do grego hedoné, que significa prazer. Doutrina que considera que o prazer individual e imediato é o único bem possível, princípio e fim da vida moral.

O que temos visto hoje em várias igrejas e ministérios é exatamente isso, um evangelho disfarçado, sem vida com Deus, mas uma busca por diversão e prazer. A igreja não é um lugar para se adorar a Deus, mas um lugar para se sentir bem. Não é um lugar onde se confronta o pecado, mas um lugar onde se alisa o ego dos presentes. Um lugar onde há um grande número de adeptos, mas não de pessoas salvas, pois a palavra de salvação não é pregada, onde a psicologia está no púlpito não o Evangelho de Jesus Cristo.

Que o Senhor nos ajude a preservarmos a verdade sem nos deixar levar por essa patologia que tem assolado muitas igrejas em nosso país e no mundo. Que possamos dar ouvidos ao conselho do apóstolo Paulo a Timóteo:

Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério (2Tm 4.1-5).

Esse conselho é para você e para mim. Vamos ouvir o que o Senhor está nos falando aqui.

Que Deus nos ajude.

Fonte: NAPEC - Apologética Cristã