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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Crente ou Discípulo?

 

 

por Leonardo Pitzer

É interessante que há alguns dias venho me questionando sobre algumas coisas acerca do evangelho e sobre nossa postura diante de Deus como servos.

Um amigo me disse essa semana:

Eu não quero ser obreiro, quero se servo.

E isso ficou na minha mente, pois conheço uma porção de crentes que fazem bico por que não se acham reconhecidos ou por que não tem um cargo que acham que por direito deveria ser seu. O que mais mexe comigo é saber que se Jesus fizesse cara feia por que o povo de Israel não o recebeu como rei e desistisse de tudo, hoje não seríamos redimidos do pecado. Coincidentemente, achei esse artigo que segue abaixo e que na minha opinião todo CRENTE deveria ler.

As pessoas lutam por cargos nas suas empresas, passam por diversas situações desconfortáveis em prol de um objetivo de crescimento e de um salário que atenda melhor suas necessidades e metas pessoais. Acordam cedo, chegam tarde, trabalham no fim de semana e aturam um extremo mal-humor do chefe, mas quando chegam na igreja ficam contando as horas para acabar o culto, se o pastor não cumprimenta como o crente acha que deveria, reclama. Acha que tudo tem que ser feito de acordo como ele acha que deveria e no fim, muda de igreja achando que o problema está ali.

Para sua surpresa, a igreja é uma maravilha, parece um pedacinho o céu. O que acontece de fato é que quando o crente começa a conhecer as pessoas e suas falhas, lá vamos nós de novo para outro processo que terminará na mudança de igreja novamente. Tenho então alguns questionamentos:

Onde fica Deus e suas promessas?

E o sacrifício de Jesus e seu mandamento sobre amar seu próximo como a ti mesmo?

O discípulo de Jesus pára sua caminhada para atender a esses apelos negativos, como fofocas, intrigas ou vaidades?

Leia os tópicos abaixo e diga se você é um crente ou um discípulo:

Todo discípulo é um crente, mas nem todo crente é um discípulo. Sabe porquê?

1) O crente espera pães e peixes; o discípulo é um pescador.

2) O crente luta por crescer; o discípulo luta para reproduzir-se.

3) O crente se ganha; o discípulo se faz.

4) O crente depende dos afagos de seu pastor; o discípulo está determinado a servir a Deus.

5) O crente gosta de elogios; o discípulo do sacrifício vivo.

6) O crente entrega parte de suas finanças; o discípulo entrega toda a sua vida.

7) O crente cai facilmente na rotina; o discípulo é um revolucionário.

8) O crente precisa ser sempre estimulado; o discípulo procura estimular os outros.

9) O crente espera que alguém lhe diga o que fazer; o discípulo é solícito em assumir responsabilidades.

10) O crente reclama e murmura; o discípulo obedece e nega-se a si mesmo.

11) O crente é; condicionado pelas circunstâncias; o discípulo as aproveita para exercer a sua fé.

12) O crente exige que os outros o visitem; o discípulo visita.

13) O crente busca na palavra promessas para a sua vida; o discípulo busca vida para receber as promessas da Palavra.

14) A crente pensa em si mesmo; o discípulo pensa nos outros.

15) O crente se senta para adorar; o discípulo anda adorando.

16) O crente pertence a uma instituição; o discípulo é uma instituição em si mesmo.

17) Para o crente, a habitação do Espírito Santo em si é sua meta; para o discípulo, é meio para alcançar a meta de ser testemunha viva de Cristo a toda criatura.

18) O crente vale porque soma; o discípulo vale porque multiplica.

19) Os crentes aumentam a comunidade; os discípulos aumentam as comunidades.

20) Os crentes foram trans formados pelo mundo; os discípulos transformaram, transformam e transformarão o mundo.

21) Os crentes esperam milagres; os discípulos os fazem.

22) O crente velho é problema para a igreja; o discípulo idoso é problema para o reino das trevas.

23) Os crentes se destacam construindo templos; os discípulos se fazem para conquistar o mundo.

24) Os crentes são fortes soldados defensores; os discípulos são invencíveis soldados invasores.

25) O crente cuida das estacas de sua tenda; o discípulo desbrava e aumenta o seu território.

26) O crente se habitua; o discípulo rompe com os velhos moldes.

27) O crente sonha com a igreja ideal; o discípulo se entrega para fazer uma igreja real.

28) A meta do crente é ir para o Céu; a meta do discípulo é ganhar almas para povoar o Céu.

29) O crente maduro finalmente é um discípulo; o discípulo maduro assume os ministérios para o Corpo.

30) O crente necessita de festas para estar alegre; o discípulo vive em festa porque é alegre.

31) O crente espera um avivamento; O discípulo é parte dele.

32) O crente agoniza sem nunca morrer; o discípulo morre e ressuscita para dar vida a outros.

33) O crente longe de sua congregação lamenta por não estar em seu ambiente; o discípulo cria um ambiente para formar uma congregação.

34) Ao crente se promete uma almofada; ao discípulo se entrega uma cruz.

35) O crente é sócio; o discípulo é servo;

36) O crente cai nas ciladas do diabo; o discípulo as supera e não se deixa confundir.

37) O crente é espiga murcha; o discípulo é grão que gera espigas saudáveis.

38) O crente responde talvez… o discípulo responde eis-me aqui.

39) O crente preocupa-se só em pregar o evangelho; o discípulo prega e faz outros discípulos.

40) O crente espera recompensa para dar; o discípulo é recompensado porque dá.

41) O crente é pastoreado como ovelha. O discípulo apascenta os cordeiros.

42) O crente se retira quando incomodado; o discípulo expulsa quem realmente quer incomodá-lo os demônios.

43) O crente pede que os outros orem por ele; o discípulo ora pelos outros.

44) Os crentes se reúnem para buscar a presença do Senhor; o discípulo carrega a Sua presença através do Espírito Santo.

45) Ao crente é pregada somente a salvação pelo Sangue de Jesus; O discípulo toma a Santa Ceia e anuncia às potestades do ar a vitória de Cristo sobre elas, para a Glória de Deus.

46) O crente segue tentando limpar-se para ser digno de Deus; o discípulo não se olha mais e faz a obra na fé de que Cristo já o limpou.

47) O crente espera que alguém lhe interprete as escrituras; o discípulo conhece a voz de seu Senhor e testemunha dEle.

48) O crente não se relaciona com membros de outras igrejas; o discípulo ama a todos pois isto é uma ordem de Deus, e só assim o mundo o reconhecerá como discípulo de Jesus.

49) O crente procura conselhos dos outros para tomar uma decisão; o discípulo ora a Deus, lê a Palavra e em fé toma a decisão.

50) O crente espera que o mundo melhore; o discípulo sabe que não é deste mundo e espera o encontro com seu Senhor. “O verdadeiro discípulo do Cristo é aquele que O segue até à morte e além dela, vivendo em todas as ocasiões (e incidentes) do seu caminho o sublime ensinamento do “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”".

domingo, 11 de setembro de 2011

Reforma já: Julgar ou não julgar, eis a questão.

Reforma já: Julgar ou não julgar, eis a questão.: “Não julgueis e não sereis julgados...”. Inúmeras foram as vezes que eu e você ouvimos e mencionamos tal texto mediante uma crítica que n...

11/9: atentado terrorista completa hoje 10 anos

DOMINGO, 11 DE SETEMBRO DE 2011


Hoje, o atentado ao World Trade Center está sendo lembrado em todo o mundo. Há dez anos, na manhã de 11 de setembro de 2001, dezenove terroristas ligados ao extremismo islâmico embarcaram em quatro voos domésticos na costa leste dos Estados Unidos para promoverem atentados contra edificações em Washington e Nova York.

As Torres Gêmeas, de fato, foram derrubadas por terroristas, ao contrário do que afirmam os conspiracionistas. Estes, adeptos da escatologia do terror, insistem em afirmar que o governo norte-americano as implodiu simplesmente para dizimar a população e satisfazer a illuminati.



São, no mínimo, risíveis as argumentações que tenho ouvido a respeito da tal tragédia e fico espantado quando vejo pessoas esclarecidas (até pastores!) acreditando nelas. Segundo uma matéria sensacionalista contida em um DVD e em canais do YouTube, a prova de que o governo norte-americano — o “grande satã” — teria derrubado as torres, promovendo um mega-sacrifício, baseia-se no fato de que vários edifícios altos já haviam pegado fogo antes e não caíram. Por que as maciças estruturas do World Trade Center desabaram tão facilmente, com o “simples” impacto de aviões cheios de combustível?


A reportagem sensacionalista não leva em conta que os dezenove terroristas estavam preparados e minuciosamente informados a respeito da estrutura daqueles edifícios; eles sabiam exatamente como derrubá-los. Por isso, os aviões atingiram pontos específicos, fazendo com que a parte superior deles descesse sobre a inferior. Esta não suportou o peso (mais de cem mil toneladas) e implodiu. De acordo com especialistas, as torres suportariam, no máximo, o choque de um Boeing 727. E foram usados pelos terroristas aeronaves 757 e 767. Eles sabiam o que estavam fazendo.


Em visita a Nova York, acompanhado do meu amigo Nilton Didini Coelho, que é engenheiro civil (foto), ele me disse: “Ciro, aqueles edifícios foram projetados para suportarem esforços físicos naturais: força do vento, chuvas, pequenos sismos, etc. Eles não estavam preparados para resistir a abalos mecânicos imprevisíveis. Os engenheiros do World Trade Center não tinham como prever que grandes aviões, cheios de combustível, poderiam se chocar com os edifícios exatamente naqueles andares”.


Perguntei ao engenheiro Didini: Será que o “simples” impacto de uma aeronave, em um dos andares, seria suficiente para derrubar toda aquela estrutura? E ele me respondeu que as colunas foram “empilhadas” de acordo como uma excentricidade que lhes dava estabilidade em conjunto com os ligamentos de cada pavimento. Ao serem atingidos, os pilares que se deslocaram do seu eixo fizeram com que os de cima viessem abaixo em pouco tempo.


Os teólogos do terror apreciam muito as teorias de conspirações ligadas aos Estados Unidos. Eles gostam de contrariar as versões oficiais, a fim de convencer a todos de que o governo norte-americano está a serviço dos “senhores do mundo”. Quando olhamos para a Bíblia, vemos que não cabe ao cristão esse tipo de julgamento calunioso (Mt 7.1,2).


Lembra-se da pergunta que fizeram a Jesus acerca da queda de uma torre em Siloé, a qual vitimou dezoito vidas? Qual foi a sua resposta? Ele não declarou quem era o culpado daquela tragédia, mas usou-a para advertir as pessoas de que elas precisavam se arrepender e buscar a Deus (Lc 13.2-5).


Não cabe a nós acusar os Estados Unidos de terem causado a implosão das Torres Gêmeas — primeiro, porque já está mais do que comprovado que elas caíram em decorrência dos aludidos atentados terroristas —, nem especular sobre pretensas interpretações proféticas que rodeiam a tal catástrofe. A nossa prioridade é pregar o Evangelho a todo o mundo (At 1.7,8), e não apontar os pecados da “grande nação pecadora”, acusando-a de ser títere ou subserviente de sociedades secretas.


Os teólogos do terror gostam de apontar os pecados norte-americanos. Mas, o que está escrito em 1 Coríntios 5.12,13? “Porque tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora”. No tempo da lei mosaica, os profetas denunciavam os pecados de Israel e das nações vizinhas. Hoje, esse tipo de julgamento pertence ao Senhor, pois estamos no tempo da graça. Cabe a nós o julgamento dos nossos próprios pecados, o qual deve sempre começar “pela casa de Deus” (1 Pe 4.17; 1 Co 11.31,32).


Por que essa ânsia de provar a todos que os Estados Unidos são os causadores da catástrofe no World Trade Center? Uns dizem que a illuminati e o Anticristo estão por trás de tudo; outros, que Deus castigou a “grande nação pecadora”; e outros, que Ele permitiu que aqueles ataques terroristas acontecessem para gerar um grande despertamento. Eu prefiro esta terceira opção.


Aquela tragédia, sem dúvidas, tocou a alma de muitos estadunidenses, especialmente os nova-iorquinos. A cidade famosa pela sua aparente frieza foi atingida em cheio, e uma profunda ferida foi aberta no coração coletivo. Muitas pessoas devem ter ponderado que podiam estar no lugar daquelas que saboreavam um delicioso Starbucks Coffee em um dos andares de uma das torres...


Jim Cymbala, pastor do Brooklyn Tabernacle, em Nova York, ao se referir aos dias que seguiram os atentados, afirmou: “A igreja estava repleta de gente, e, mesmo assim, o porteiro me disse que havia filas de pessoas que saíam da igreja. [...] Mais de seiscentas pessoas naquele domingo aceitaram o convite de entregar a vida ao Senhor em um ato de pura fé. [...] Ironicamente, o mal que o ódio cego e a violência suicida dos terroristas causou, Deus pode converter em bem e realizar uma grande colheita espiritual de almas. [...] não é hora de condenar e culpar. É hora de ter compaixão e, confiantes, renovar o testemunho em Jesus Cristo. Não é momento para ter medo ou fugir para algum lugar remoto e escondido” (A Graça de Deus no 11 de Setembro, Editora Vida, pp.17-25).


Não é tempo de aterrorizar o povo de Deus com especulações infundadas e inúteis. É momento de vigiar, orar e evangelizar o mundo (Mt 24.42-44; Mc 16.15).


Ciro Sanches Zibordi

11/9: você sabe mesmo o que aconteceu naquele dia?

 


Em agosto do ano passado, perto do aniversário de 9 anos dos aludidos atentados, tive o privilégio de visitar as duas cidades estadunidenses atingidas pelos terroristas, onde fiz importantes pesquisas para o meu novo livro Erros Escatológicos que os Pregadores Devem Evitar, já entregue à editora. Compartilho aqui uma parte das minhas conclusões.


Na manhã de 11 de setembro de 2001, dezenove terroristas islâmicos embarcaram em quatro voos domésticos na costa leste dos Estados Unidos para promoverem atentados contra edificações em Washington e Nova York. O ataque ocorreu ainda na manhã daquele dia, atingindo as duas torres do maior conjunto comercial do mundo. Elas vieram abaixo algumas horas depois de terem sido atingidas por duas aeronaves comerciais (Boeing 767), oriundas de Boston.

Outra aeronave, um Boeing 757, que havia decolado de Washington, D.C., com destino a Los Angeles, atingiu o prédio do Pentágono, destruindo parte do conjunto. Muitos funcionários do governo federal norte-americano perderam as suas vidas. Um quarto Boeing (modelo 757), que partira de Newark, Nova Jersey, com destino a São Francisco, acabou caindo em Shanksville, a 130 quilômetros ao sul de Pittsburgh, na Pensilvânia.


Tudo foi planejado fria e detalhadamente pelos terroristas, a fim de que os dois prédios principais do World Trade Center, com 110 andares cada um (mais de 400 metros de altura), viessem abaixo. Como eles abrigavam escritórios de centenas de empresas, de 25 países, cerca de cinquenta mil pessoas trabalhavam ali. Além disso, havia seis subsolos, com um centro comercial, estacionamento para dois mil carros e acesso para o metrô.


Os conspiracionistas insistem na ideia absurda de que os próprios Estados Unidos ordenaram os atentados, obedecendo à ordem dos bilderbergs. Mas há muitas provas de que os quatro sequestros simultâneos foram planejados por terroristas árabes, a mando de Osama bin Laden, morto neste ano, no Paquistão. Como se sabe, as Torres Gêmeas foram construídas para resistir ao impacto de um Boeing 727. E os terroristas — que sabiam o que estavam fazendo — usaram os modelos 757 e 767.
É claro que os prédios não caíram apenas por causa dos aviões. As imagens mostram que eles entraram pelas janelas, numa manobra que revelou a enorme perícia dos pilotos. O modo como os terroristas acertaram as torres indicam que o planejamento do ataque foi minucioso. Acima de oitocentos quilômetros por hora, um grande avião empurra uma grande quantidade de ar à sua frente, a ponto de ser impossível acertar em cheio um paredão. Por isso, os pilotos voaram a 450 quilômetros por hora e optaram pela trajetória curva, ao atingir o alvo.


No caso do Pentágono, em que não há imagens do momento do impacto, nota-se como o ataque foi pormenorizadamente planejado. Os pilotos mostraram possuir conhecimento e habilidade de quem passou muito tempo treinando em simuladores de voo. Eles, inclusive, mantiveram desligados os transponders, equipamentos que emitem sinais eletrônicos sobre a localização das aeronaves. Como queriam publicidade máxima, eles ordenaram que passageiros ligassem para parentes e avisassem dos sequestros.


Muita gente não acredita que as Torres Gêmeas vieram abaixo em decorrência do choque dos aviões. Já ouvi até ensinadores cristãos dizendo que tudo foi orquestrado pelo governo norte-americano. Inclusive, segundo eles, já havia explosivos dentro dos prédios! Os aviões, nesse caso, cheios de passageiros, teriam sido usados apenas para dar aos Estados Unidos um álibi.


A ideia de que o próprio governo estadunidense atacaria o seu povo, em si, já é contraditória. Quem a defende, porém, apresenta argumentações aparentemente plausíveis. Afinal, como o país mais poderoso do mundo permitiria que ícones de sua identidade nacional fossem alvejados com desconcertante facilidade?


Como o governo estadunidense, que gasta bilhões de dólares por ano em inteligência — só a CIA tem dois mil agentes no exterior —, não conseguiu prever os atentados de 11 de setembro de 2001? Como um sistema caríssimo de vigilância eletrônica por satélites, capaz de identificar até pontas de cigarros jogadas fora por guerrilheiros no Afeganistão, não descobriu o plano dos terroristas de Osama bin Laden?


Os Estados Unidos possuem um sistema de vigilância por meio de aviões, navios e cinco mil pontos de captação de informações no mundo inteiro. Como toda essa tecnologia, que permite rastrear uma ligação de celular em qualquer lugar do planeta, não impediu que quatro terroristas sequestrassem aviões, em aeroportos diferentes, e os arremessassem contra símbolos do poder norte-americano?


Causa estranheza o fato de os Estados Unidos não terem conseguido evitar a ação dos terroristas islâmicos. Mas quem já esteve em alguns aeroportos norte-americanos sabe que o seu sistema de segurança não é tão eficaz como parece, sobretudo por causa do grande fluxo de passageiros. Ademais, a maior potência do mundo não esperava um ataque aparentemente simples. Ela se preparou para se defender de mísseis, bombas, armas biológicas ou químicas, etc. Nunca imaginou que seria atacada por aviões comerciais. Isso mostra o quanto os terroristas foram sagazes.


Por outro lado, mesmo com toda a sua tecnologia de ponta, os Estados Unidos ainda têm muita dificuldade para descobrir os planos secretos dos grupos terroristas, que, com o passar dos anos, aprenderam a se comunicar sem interceptações. Veja quanto tempo se levou para executar Osama bin Laden! Ele conseguiu ficar escondido por quase dez anos, após os ataques de 2001. Como o homem mais procurado do mundo se instalou no Paquistão e viveu relativamente tranquilo?


Os terroristas contam com a simpatia de líderes e instituições religiosas de dezenas de nações de população muçulmana, como Egito e Sudão, que, inclusive, colaboram com ajuda financeira. Agentes do FBI que investigaram os atentados de 11 de setembro descobriram que Bin Laden e seus homens receberam apoio logístico direto dos países dominados pelo islamismo, como Iraque, Iêmen e Argélia.


Houve também um certo descuido do governo estadunidense. O último ataque terrorista de grande porte havia ocorrido em 1995, em Oklahoma — perpetrado por um fanático doméstico, Timothy McVeigh —, deixando 168 mortos. Enquanto a Europa e o Oriente Médio sofreram com bombas e tiroteios, os Estados Unidos estavam, aparentemente, controlando toda e qualquer ação terrorista. Pelo fato de eles terem passado mais de quinze anos sem nenhum ataque de grandes proporções, acabaram afrouxando o sistema de segurança e foram surpreendidos.


Recentemente, como disse acima, visitei Nova York e realizei pesquisas a respeito dos atentados de 11 de setembro de 2001. Por incrível que pareça, há nos Estados Unidos adeptos da escatologia do terror — discípulos de Alex Jones, Peter Joseph e David Icke —, que insistem em afirmar que o próprio governo norte-americano implodiu as Torres Gêmeas, simplesmente para dizimar a população e satisfazer os bilderbergs.


São risíveis as argumentações que tenho ouvido a respeito da tal tragédia e fico espantado quando vejo pessoas esclarecidas acreditando nelas. Segundo uma matéria sensacionalista contida em um DVD e em canais do YouTube, a prova de que o governo norte-americano teria derrubado as Torres Gêmeas, promovendo um mega-sacrifício, baseia-se no fato de que vários edifícios altos já haviam pegado fogo antes e não caíram. Por que as maciças estruturas do World Trade Center desabaram tão facilmente, com o “simples” impacto de aviões cheios de combustível?


Cada aeronave colidiu contra as armações de aço e vidro dos prédios com uma força de impacto equivalente a mais de mil vezes o próprio peso. Considerando que a estrutura dos aviões é de alumínio, no momento do choque, a parte da frente de sua fuselagem foi amassada como se fosse um pedaço de papel. Os seus ocupantes e tudo o que estava no interior das aeronaves foram arremessados à frente, com a frenagem brusca, e esmagados, pulverizados, desintegrados, carbonizados, no momento da explosão.


Havia aço suficiente nas torres para a construção de inúmeros monumentos idênticos à Torre Eiffel, de Paris, França. A mistura de aço incandescente com areia, móveis, papéis, equipamentos, vidro, ferro, tecidos e plásticos fez com que boa parte das vítimas literalmente desaparecesse em meio aos escombros.


Os aviões estavam com os tanques cheios — tinham combustível para mais quatro mil quilômetros de voo —, o que ocasionou grandes explosões, capazes de impedir que as pessoas dos andares superiores descessem. Quem trabalhava nos andares das explosões sofreu morte imediata. As pessoas que estavam acima do 103º. andar da Torre Norte ou acima do 93º. da Torre Sul não tiveram a mínima chance de escapar. As que estavam nos andares inferiores, mesmo feridas ou assustadas com a oscilação das torres, conseguiram descer a tempo.


Estima-se que a temperatura nos locais de impacto chegou mil graus Celsius. O aço se funde a 1.300 graus. Mas o calor foi suficiente para diminuir a rigidez desse metal. Além disso, com o choque, várias colunas que formavam a armação exterior das torres foram deslocadas. Começava aí um rápido processo de enfraquecimento das suas estruturas, que culminaria em uma surpreendente implosão.


Em minha visita às obras do World Trade Center, em Nova York, estava acompanhado do meu amigo Nilton Didini Coelho, que é engenheiro civil. Devidamente informado sobre as Torres Gêmeas, ele afirmou que aqueles edifícios haviam sido projetados para suportar a força do vento, as chuvas, pequenos sismos e até choque de aviões. Mas não estavam preparados para resistir a abalos mecânicos imprevisíveis, decorrentes de ataques minuciosamente planejados. Os engenheiros do World Trade Center não tinham como prever que grandes aviões, cheios de combustível, poderiam se chocar com os edifícios exatamente naqueles andares.


Perguntei ao engenheiro Didini: “O ‘simples’ impacto de uma aeronave seria suficiente para derrubar toda aquela estrutura de aço?” E ele me respondeu que as colunas estavam “empilhadas” de acordo como uma “excentricidade” que lhes dava estabilidade em conjunto com os ligamentos de cada pavimento. Ao serem atingidos, os pilares que se deslocaram do seu eixo fizeram com que os de cima viessem abaixo em pouco tempo. Isso mostra que os terroristas previram esse efeito cascata de destruição ao planejar os atentados.


Os pregadores das teorias da conspiração não levam em conta que os mentores do atentado conheciam minuciosamente a estrutura daqueles edifícios, e que os dezenove terroristas sabiam exatamente como derrubá-los. Por isso, os aviões atingiram pontos específicos, fazendo com que a parte superior deles descesse sobre a inferior, como uma britadeira. Que estrutura suportaria o peso de mais de cem mil toneladas caindo sobre ela?


Se os aviões tivessem sido lançados a esmo contra os prédios, estes provavelmente não teriam caído. Mas nada aconteceu por acaso. As colunas externas começam grossas embaixo e se afinam na medida em que precisam suportar menos peso. Os terroristas sabiam exatamente onde era o lugar mais vulnerável e que produziria o efeito desejado. Quando o aço começou a se deformar, pelo calor, tudo o que estava em cima veio abaixo e funcionou como um martelo — que ganhava mais peso a cada andar que descia.

Leia mais sobre isso em meu novo livro
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Ciro Sanches Zibordi