PIPBVV

Powered by Restream.io

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Governo falseia dados para inflar a execução do PAC

Governos desenvolvem tanto a arte da mentira que, a certa altura, já não acreditam na capacidade dos outros de desmascará-los.

Nesta quinta (9), por exemplo, difundiu-se no Planalto, com esmerada sinceridade, uma deslavada mentira.

Em cerimônia oficial presidida por Lula, informou-se que PAC chega ao final do governo com 82% de suas obras concluídas dentro do prazo.

Dito de outro modo: ao final do segundo reinado (2007-2010), apenas 18% das obras sofreram atrasos.

A beleza dos dados é produto de maquiagem. Para agigantar seu desempenho, o governo rebaixou suas metas.

Em verdade, pelo menos 32% das obras estão inacabadas.

Iniciado como pa©tóide e vendido em pa©mícios, o programa ganhou uma última versão pa©osmética.

Um observador implacável diria que, sob Lula, Brasília mente. O signatário do blog, menos intransigente, acha que o governo apenas difunde verdades múltiplas.

Escrito por Josias de Souza

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

DESPACHO INCOMUM.

A Escola Nacional de Magistratura incluiu em seu banco de sentenças, o despacho pouco comum do juiz Rafael Gonçalves de Paula, da 3ª Vara Criminal da Comarca de Palmas, em Tocantins. A entidade considerou de bom senso a decisão de seu associado, mandando soltar Saul Rodrigues Rocha e Hagamenon Rodrigues Rocha, detidos sob acusação de furtarem duas melancias:


DESPACHO JUDICIAL...
DECISÃO PROFERIDA PELO JUIZ RAFAEL GONÇALVES DE PAULA
NOS AUTOS DO PROC Nº 124/03 - 3ª Vara Criminal da Comarca de Palmas/TO:




DECISÃO

Trata-se de auto de prisão em flagrante de Saul Rodrigues Rocha e Hagamenon Rodrigues Rocha, que foram detidos em virtude do suposto furto de duas (2) melancias. Instado a se manifestar, o Sr. Promotor de Justiça opinou pela manutenção dos indiciados na prisão.

Para conceder a liberdade aos indiciados, eu poderia invocar inúmeros fundamentos: os ensinamentos de Jesus Cristo, Buda e Ghandi, o Direito Natural, o princípio da insignificância ou bagatela, o princípio da intervenção mínima, os princípios do chamado Direito alternativo, o furto famélico, a injustiça da prisão de um lavrador e de um auxiliar de serviços gerais em contraposição à liberdade dos engravatados e dos políticos do mensalão deste governo, que sonegam milhões dos cofres públicos, o risco de se colocar os indiciados na Universidade do Crime (o sistema penitenciário nacional)...

Poderia sustentar que duas melancias não enriquecem nem empobrecem ninguém. Poderia aproveitar para fazer um discurso contra a situação econômica brasileira, que mantém 95% da população sobrevivendo com o mínimo necessário apesar da promessa deste presidente que muito fala, nada sabe e pouco faz.

Poderia brandir minha ira contra os neo-liberais, o consenso de Washington, a cartilha demagógica da esquerda, a utopia do socialismo, a colonização européia....

Poderia dizer que George Bush joga bilhões de dólares em bombas na cabeça dos iraquianos, enquanto bilhões de seres humanos passam fome pela Terra - e aí, cadê a Justiça nesse mundo?

Poderia mesmo admitir minha mediocridade por não saber argumentar diante de tamanha obviedade.

Tantas são as possibilidades que ousarei agir em total desprezo às normas técnicas: não vou apontar nenhum desses fundamentos como razão de decidir.

Simplesmente mandarei soltar os indiciados. Quem quiser que escolha o motivo.

Expeçam-se os alvarás.
Intimem-se.

Rafael Gonçalves de Paula

Juiz de Direito






Essa sentença é uma aula, mais que isso; é uma lição de vida,
um ensinamento para todos os momentos.
Ele com certeza desabafou por todos nós!
Delço Por e-mail.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Daniel Dantas doou R$ 1,5 milhão ao PT na eleição



Banqueiro que foi condenado em 2007 agora contribui com a eleição do PT

O banqueiro Daniel Dantas, condenado em primeira instância na Justiça Federal por corrupção na Operação Satiagraha, fez uma doação através do Grupo Opportunity de R$ 1,5 milhão para o diretório nacional do PT. O repasse ocorreu no mês de setembro, antes do primeiro turno das eleições e partiu de três fontes. Além do banco de mesmo nome, também financiaram a campanha petista as empresas Opportunity Gestora e Opportunity Lógica, todas com sede no mesmo endereço, no Rio de Janeiro. Como o dinheiro entrou no caixa único do partido, através de doação oculta, não é possível saber para qual campanha ele foi direcionado. A reportagem de Fernanda Odilla e Rubens Valente, publicada neste sábado (4) pela Folha, divulga que é a primeira vez desde 2002, quando a Justiça Eleitoral passou a divulgar as doações pela internet, que o grupo aparece na lista de financiadores de campanhas do Tribunal Superior Eleitoral.