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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Amigas da Dilma e a CNBB

 

MÁRCIA VAZ

E quem pensa que as únicas amigas da Dilma são aquelas do aborto, engana-se. Basta ver a despedida escandalosa dela dentro da CNBB dizendo que foi muito bem recebida lá quando em muitos lares, ela nem passa da porta. Afirmando ter grandes amigos lá. 

Dilma Rousseff declarou publicamente: "Falando com "ocê"... e "ocê" sabe disso..." Para quem quiser saber quem é o "ocê" é a jornalista Gisele Vitória da Revista "Isto É". Ela aparece fazendo as perguntas que "ocês" podem conferir com mais detalhes no YouTube (Tag: Dilma aborto. Vídeo do dia 06 de outubro de 2010); Dilma: "Todas as minhas amigas que eu vi passar por experiências assim (abortos) entraram chorando e saíram chorando."... "Além de ser uma agressão, dói."

Uma vez que aborto é crime no Brasil, isso não está parecendo nada com "questão de saúde pública", mas de segurança pública. A questão pode até tomar rumo de caráter mais investigativo já que foram feitas declarações públicas afirmando que suas amigas (não especificadas) fizeram aborto num espaço físico (não especificado), com a ajuda de quem (também não especificado) e a Senhora Dilma Rousseff viu as amigas entrando e saindo para abortar (cúmplice?). Essas amigas choravam porque foram agredidas? Ou porque doeu? Quem agrediu quem? E os bebês? Quantos foram? Choraram? (Porque muitos são arrancados vivos! Como a sobrevivente de aborto com sal - Gianna Jessen.) Doeu neles? Ou só doeu nas amigas da candidata? E já sabendo que a história se repetia, ou seja, todas as vezes, todas choravam, sentiam dor e saiam baqueadas...Dilma não tentava impedi-las? Com uma amiga assim, ninguém precisaria ter inimigos.

Para piorar o que não poderia ser pior, Dilma Rousseff estava se condoendo das coitadinhas das mães que abortam usando... (é até difícil de escrever)... agulhas de tricô. Afinal o SUS poderá vir a matar os bebês com instrumentos melhores para a segurança das mães e piores para desgraça dos bebês. E Dilma acha que agulha de tricô para abortar está entre "métodos absolutamente medievais". Mas a Idade Média não foi justamente aquela que inovou começando a proteger os oprimidos doentes? Porque antes da Idade Média os doentes eram considerados fracos e, não poucas vezes, os fracos eram jogados fora pelos próprios pais, até para os lobos ou montanha abaixo? Idade Média, a que valorizou os doentes (antes desprezados) nos primeiros grandes hospitais gratuitos junto às catedrais? Acho que a História está se repetindo: Dilma, o PT, o aborto dos fracos... E, na contramão, os Bispos, as catedrais, a Igreja defendendo os fracos, os bebês...


Ora, aborto com ou sem agulha de tricô deve ser coisa do tempo dos bárbaros, provavelmente dos hunos. Dentre os bárbaros, os hunos foram aqueles que se destacaram pela sua alta crueldade, falta de cultura, não civilizados e violentos. Aliás, é só verificar quando foi o primeiro assassinato na história da humanidade. Com certeza é coisa do tempo de Caim quando matou Abel. O crime é bem mais antigo que a Idade Média.


Conta-se que um estrangeiro que nunca tinha visto uma banana chega ao Brasil e no restaurante do hotel ele fica curioso para "entender" aquela fruta. Afinal, nunca tinha se deparado com uma. Pensou... Pensou... E com seus parcos conhecimentos terminou descascando a banana, comendo a casca e jogando fora o "caroço" enooorme. Se dessem a banana a um macaco ele saberia perfeitamente o que fazer com ela. Da mesma forma acontece quando você resolve dar uma agulha de tricô compriiida na mão de alguém que não consegue desenvolver habilidades que exigem movimentos delicados como é o caso dos que sabem fazer tricô, bordar ponto cruz, fazer crochê... Nunca viu! Não sabe nem para o que serve! Dá no que dá: mau uso da agulha.


Mas com todas estas afirmações Dilma Rousseff não foi parar na delegacia. Sabe quem quase foi parar na delegacia em cena que parecia mais do filme "A Vida é Bela"? O senhor Paulo Ogawa, dono da gráfica que imprimia os panfletos do arqui-inimigo do PT, Dom Luiz Bergonzini, da Arquidiocese de Guarulhos. Enquanto daarquibancada a CNBB assistia o aborto de um dos arqui-planos de um Bispo Católico Apostólico Romano. Afinal a CNBB pode ficar tranquila porque se o PT ou a polícia der uma batida lá não vai achar a carta em defesa da vida nem no seu site.


Tiraram a carta rapidinho. Antes que Rousseff e seu Partido chegassem para a visita. E quando chegaram... a conversa mudou: água potável, casa própria, e lá pelas tantas uma leve perguntinha sobre o aborto. E de troco a discreta, disfarçada e evasiva respostinha de sempre: "Eu, particularmente, sou contra o aborto, mas..." . Por que será que não soa verdadeiro? (Porque não é!)


O Brasil inteiro, católicos, cristãos e não cristãos se posicionando principalmente, mas não somente, contra ou a favor do aborto e a CNBB prioriza perguntas à Dilma sobre temas do fim da pauta como água potável, moradia... É brincadeira!? Antes de tomar água potável ou não, morar numa casa própria ou não, é preciso ter a oportunidade de nascer; questão de prioridade, ou não? Porque senão, do jeito que o desprezo à Vida Humana vai, toda água do planeta ficará só para os peixinhos. "Ai se eu fosse um peixinho e soubesse nadar..."


E quem pensa que as únicas amigas da Dilma são aquelas do aborto, engana-se. Basta ver a despedida escandalosa dela dentro da CNBB dizendo que foi muito bem recebida lá quando em muitos lares, ela nem passa da porta. Afirmando ter grandes amigos lá. E que deve muitos favores à CNBB. Tudo registrado no YouTube. Quem seriam os grandes amigos? Quais os favores? Não dá para dizer todos os nomes ou desenhar o rosto?


Só quem perdeu o crédito foi a CNBB, porque a carta de Dom Bergonzini está ficando mais famosa que a de Pero Vaz de Caminha. Tem gente na internet trabalhando duro para que a carta se transforme na maior corrente que a Dilma, o PT e a CNBB já viram. A cópia da carta-mãe está à disposição na internet para quem quiser reproduzir. Fora as gráficas que com o download da carta querem imprimir de graça os panfletos proibidos. Estes não são os amigos da "Amiga do Rei", mas os verdadeiros amigos do quase procurado e algemado Dom Bergonzini.


Esta carta histórica já foi parar nos arquivos do Vaticano e com certeza terá lugar de destaque para que, amanhã, ninguém distorça os fatos ensinando aos alunos que a Igreja Católica se calou na questão dos bebezinhos do Brasil. Embora muitos tenham se calado, tenham mandado calar, e até ameaçado quebrar acordos feitos com a Igreja.


Impossível no atual momento querer que o povo separe religião de política, que não tome partido, ou não se torne pelo menos um fervoroso anti-Partido do PT. Principalmente, porque quando partidos vermelhos sobem ao poder é de praxe a perseguição a todos aqueles que acreditam em Deus, o que resulta em perseguir mais de 90% dos brasileiros. É muita ousadia e atrevimento!


Mas estas eleições estão prestando um ótimo serviço à população. Separando o joio do trigo. No PT, quem não concorda com todas as suas propostas de quem concorda com "todas", inclusive o aborto. Dilma e Lula estão dentro! Na CNBB, os que estão a favor da retirada da carta de Dom Bergonzini que pede claramente para não votarem nos contra a vida, contra a família, contra a liberdade de imprensa, contra o direito à propriedade privada e os que tem medo de falar que discordam. Entre os batistas, o corajoso Pastor Piragine está separado dos que discordam do seu fantástico pronunciamento no vídeo que também foi censurado. Nas gráficas, as que imprimem e as que não imprimem panfletos que o partido de Rousseff pode descobrir. Na mídia, jornalistas que se calam dos que levam notícias mesmo que elas não sejam as abençoadas pela CNBB, pelo PT, ou permitidas pelo PNDH3 - que nem está vigorando e já tem uma turma tremendo de medo. Quem quiser que fale agora ou calam-te para sempre.


Enfim, no 2º turno só restou o "ou pela Dilma ou contra a Dilma" e "ou pela Igreja Católica Apostólica Romana ou pelos amigos da Dilma na CNBB". O caso de Dilma e seus suspeitos amigos cai como uma luva no ditado: "Diga-me com quem andas e te direi quem és". Com alteração de palavras, não de conteúdo, uns conhecem assim: Diga-me com quem andas e te direi se vou contigo. Já em época de eleição pode ser dito: Fale quem são seus grandes amigos da CNBB, diga à polícia o nome de todas aquelas suas amigas e ainda assim não irei contigo nem votarei em você, Dilma!


Márcia Vaz é escritora e palestrante.

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